Recuperando a autoestima: implantes capilares e de barba se tornam alternativas para pacientes oncológicos

Procedimentos estéticos podem ajudar na autoestima, mas exigem avaliação individual e cuidados rigorosos segundo especialista.A perda de cabelo ou pelos faciais é um dos efeitos mais visíveis do tratamento oncológico, afetando não apenas a aparência, mas também a autoestima e a confiança dos pacientes. Por isso, muitos buscam implantes capilares ou de barba como forma de recuperar a imagem pessoal durante ou após o tratamento contra o câncer.

No entanto, especialistas alertam que esses procedimentos exigem cuidados específicos. O Dr. Cleber Stuque, cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), explica que pessoas que fazem tratamento oncológico tem algumas particularidades que é necessário tomar cuidado. “Pacientes em quimioterapia ou radioterapia têm imunidade comprometida e cicatrização mais lenta. Isso aumenta o risco de complicações, por isso cada caso precisa ser avaliado individualmente, sempre em conjunto com a equipe médica oncológica”.

Segundo o Dr. Cleber, antes de qualquer implante, é fundamental considerar:

• Estágio do tratamento oncológico: Procedimentos realizados durante sessões de quimioterapia ou radioterapia exigem cuidados redobrados.
• Estado geral de saúde: Condições como anemia, imunossupressão ou infecções ativas podem contraindicar a cirurgia temporariamente.
• Tempo de recuperação: O corpo precisa ter condições adequadas para suportar o procedimento e garantir a cicatrização correta.
• Escolha da clínica: Locais especializados em atender pacientes oncológicos têm protocolos adaptados, aumentando a segurança e a qualidade do resultado.

O cirurgião ressalta que os ganhos vão além da aparência: “Recuperar cabelo ou barba pode ter impacto psicológico significativo, ajudando na autoestima e na sensação de normalidade durante um período tão desafiador da vida do paciente”.

Mesmo após o implante, o acompanhamento médico continua essencial. Dr. Cleber recomenda atenção especial à higiene, ao cuidado com o couro cabeludo ou pele do rosto, e à observação de sinais de infecção ou inflamação. “Não existe contraindicação absoluta, mas o planejamento é a chave. O paciente precisa estar informado sobre riscos, expectativas e cuidados necessários. O objetivo é garantir segurança, saúde e um resultado satisfatório”, conclui o especialista.